Em 2003, o programa Fantástico, da TV Globo, trouxe à tona um tema que, mesmo duas décadas depois, permanece central em nossas discussões sobre saúde e trabalho: o estresse na maior cidade do país, São Paulo. Esta matéria especial, que agora revisitamos em nossa seção de entrevistas, é um valioso registro histórico que nos permite analisar a evolução e a persistência dos desafios relacionados ao bem-estar.
A pesquisa apresentada no vídeo, coordenada por um psiquiatra que “fez o caminho contrário” e foi para as ruas, revelou dados alarmantes para a época: 82% da população paulistana já apresentava dois ou mais sintomas de estresse, e impressionantes 3 milhões de pessoas estavam à beira de um colapso, necessitando de tratamento urgente. As principais causas apontadas – pressão financeira, desemprego, insegurança e solidão – ressoam de forma surpreendente com muitos dos desafios que ainda enfrentamos em 2025, destacando a natureza social e sistêmica do problema.
Neste contexto, a matéria de 2003 destaca a visão da Professora Ana Cristina Limongi-França, que, em uma aula na Faculdade de Economia e Administração da USP, já ensinava a regra número um do curso de Qualidade de Vida: “desenvolver uma visão otimista das questões de bem-estar. Então a ideia é: o mal-estar tem que ser substituído pelo bem-estar.” Uma perspectiva que, em 2025, se mostra ainda mais fundamental para a construção de ambientes de trabalho e vidas mais saudáveis.
O vídeo oferece um panorama da época, com depoimentos de pessoas que vivenciavam o estresse e iniciativas como as “salas de descompressão” em empresas. Ao assistir, é possível perceber como algumas soluções e preocupações daquele tempo se transformaram, enquanto outras permanecem como desafios contínuos.
Convidamos você a assistir a esta matéria histórica do Fantástico e a refletir sobre a atemporalidade das questões abordadas. Compreenda as raízes de muitos dos nossos atuais debates sobre estresse e bem-estar, e inspire-se na visão da Professora Ana Cristina sobre a importância de transformar o mal-estar em bem-estar, um objetivo tão relevante hoje quanto era há mais de vinte anos..